O trabalho de parto é influenciado por uma série de questões de caráter físico e emocional e está recheado de curiosidades e sensações que muitas vezes só aqueles que já passaram esse momento conseguem reconhecer. No entanto, embora cada corpo seja peculiar e reaja de um jeito, algumas características são recorrentes no momento – e também muito curiosas.
O parto é comumente marcado pelo dia do nascimento. Mas, ele começa muito antes, quando o corpo começa a se preparar para a expulsão, e pode ser dividido em 7 etapas: Pródromos, fase latente, fase ativa, transição, expulsivo, pós-parto e expulsão da placenta.
7 dicas para passar as sofridas horas do trabalho de parto!
1. Siga seu coração. Deixe a felicidade entrar e desligue o racional. Não crie expectativas de que o trabalho de parto irá chegar logo, brinque de fingir que não vai entrar em trabalho de parto, porque assim a ansiedade diminui.
2. Desligue o celular. Pare de dar satisfação às pessoas que, ansiosamente, aguardam a chegada do seu bebê. Ele precisa muito de você neste momento de passagem, que está se aproximando. Os outros podem (e devem) esperar.
3. Faça alguma coisa que te dê prazer e relaxamento. Entrar em conexão com o homem que você ama, se sentir amada, querida, sentir prazer e liberar OCITOCINA é excelente para entrar num trabalho de parto plena.
4. Descanse! Se você estiver cansada, precisa recuperar energias para gastar no trabalho de parto. Diminua a luminosidade e os estímulos, deite, coloque uma música relaxante.
5. Banho: Um banho morno pode ser analgésico
6. Chore: Deixe as lágrimas rolarem. Sente na frente do espelho e conte para ele tudo o que te traz medo. Coloque para fora o que precisa sair, xingue quem você deseja xingar. Se possível, telefone para sua DOULA, marque um encontro e abra seu coração. O choro também estimula a liberação de OCITOCINA.
7. Festeje a chegada do seu bebê. Encare este momento com um momento de alegria, de celebração.
3. Faça alguma coisa que te dê prazer e relaxamento. Entrar em conexão com o homem que você ama, se sentir amada, querida, sentir prazer e liberar OCITOCINA é excelente para entrar num trabalho de parto plena.
4. Descanse! Se você estiver cansada, precisa recuperar energias para gastar no trabalho de parto. Diminua a luminosidade e os estímulos, deite, coloque uma música relaxante.
5. Banho: Um banho morno pode ser analgésico
6. Chore: Deixe as lágrimas rolarem. Sente na frente do espelho e conte para ele tudo o que te traz medo. Coloque para fora o que precisa sair, xingue quem você deseja xingar. Se possível, telefone para sua DOULA, marque um encontro e abra seu coração. O choro também estimula a liberação de OCITOCINA.
7. Festeje a chegada do seu bebê. Encare este momento com um momento de alegria, de celebração.
Confira agora as sete fases do trabalho de parto e o que acontece com a mulher:
1º FASE – PRÓDROMOS
Período de preparação que antecede o trabalho de parto, os pródromos podem começar até semanas antes e é sinal de que a gestação está chegando ao fim.
Uma cena típica de novela é aquela em que a mocinha grávida está andando feliz e contente pela rua e, de repente, sente uma dor intensa, estoura a bolsa, sai correndo para o hospital e, logo o bebê nasce. Seria muito bom se todo parto fosse assim! O Trabalho de parto, ao contrário do que acontece nas novelas, passa por várias fases, algumas mais curtas e outras mais duradouras. Uma das fases mais difíceis de entender é a fase dos Pródromos de Trabalho de Parto.
Nesta fase o útero começa a se preparar para o parto que se aproxima. Você pode ter algumas contrações dolorosas, porém sem ritmo regular. As dores melhoram em repouso, ou com um banho quente. Pode ocorrer a perda do tampão mucoso, que é uma substância gelatinosa produzida no colo do útero e escorre quando este começa a se abrir. Pode haver uma pequena dilatação, que não evolui ao longo do tempo. O tempo de duração dos pródromos é bastante variável e pode ir de algumas horas a alguns dias.
Muitas mulheres sentem-se desanimadas nesta fase do trabalho de parto, achando que não conseguirão entrar na fase ativa do trabalho de parto, com contrações regulares e acabam desistindo do parto, antes mesmo de ele começar.
Por isso, é muito importante dar suporte emocional e físico durante esta fase do trabalho de parto, evitando assim, uma cesárea desnecessária. Não é recomendada internação hospitalar nesta fase, a paciente pode ficar em casa, descansar e fazer exercícios para estimular o parto, conforme a sua disposição. Alimentar-se bem também, é importante para guardar energias para a fase ativa do trabalho de parto.
O mais importante é manter o otimismo e acreditar que a sua hora vai chegar! Talvez você não tenha um parto de novela, mas, com certeza, será um momento inesquecível da sua vida.
O que a mulher pode sentir:
· Contração de treinamento
Chamadas também de contrações Braxton-Hicks, elas são sinal de que o útero está treinando para a hora do parto. Elas não são ritmadas – ou seja, não permitem ser organizadas por tempo intervalos de tempo fixos - e podem aparecer e sumir por dias.
· Dores nas costas
O peso da barriga no final da gravidez já sobrecarrega a região das costas e causa incômodo. Somados às contrações, elas podem ficar mais perceptíveis e chatinhas.
· Cólicas
As contrações do útero, que são fracas e para muitas até imperceptíveis, podem causar cólicas.
· Perda do tampão mucoso
Muco que protege o útero de bactérias, o tampão pode começar a ser expelido durante a fase dos pródromos. Sua eliminação é mais um sinal de que o colo começou a se dilatar e, em breve, o bebê vai nascer. Ele é semelhante a um corrimento, mas mais volumoso e consistente. Pode ser esbranquiçado, rosa e amarronzado e até conter vestígios de sangue.
· Incômodo no quadril
Como nessa fase os hormônios estão atuando sobre os ossos da pelve – deixando a região mais elástica e "solta" para o bebê passar, é natural também sentir um incômodo.
2º FASE – LATENTE
Momento que marca o início do trabalho de parto. Ela pode durar horas ou dias, variando de mulher para mulher.
Depois dos pródromos, o parto se encaminha para a fase latente, período em que as contrações não estão irregulares e espaçadas, são suportáveis e têm intervalos irregulares, ou seja, uma pode vir com intervalo de cinco minutos, a outra pode vir com intervalo de 15 minutos, a próxima depois de quatro minutos. “A fase latente é comparada com a maré: quando ela sobe, vem uma onda mais forte, mas na sequência vêm ondas mais fracas e aos poucos a maré vai subindo até chegar à fase ativa do trabalho de parto. As contrações ainda são bem tranquilas. A grande maioria das mulheres descrevem a contração da fase latente como uma cólica menstrual. A mulher sente a contração como um desconforto menstrual, que vem com intervalos, então durante um tempo ela sente a contração da barriga ficar dura e a cólica, e após alguns minutos ela sente de novo.” A contração dura de 30 a 50 segundos, em média. Em teoria, o que acontece na fase dos pródromos e na fase latente não é a dilatação do parto, mas uma preparação do colo. Por isso, a dilatação costuma ser lenta e gradual e para muitas mulheres e imperceptível nesse início, principalmente até os três centímetros. Pode-se dizer que até os seis centímetros de dilatação a mulher ainda está na fase latente.
Uma contração em que a mulher consegue continuar conversando, considera-se como uma contração de fase latente, porque a grande maioria das mulheres, quando entra na fase ativa, não conseguem. “Outro sinal de fase latente é que as mulheres, após passarem pela contração, conseguem fazer outras coisas, conseguem conversar, dormir, ver filme, fazer um bolo, conseguem fazer várias coisas nos intervalos, porque eles são longos, as contrações não são tão fortes. O ideal é que ela continue se distraindo e fazendo coisas normalmente nessa fase e não vá para o hospital, pois é mais confortável ficar em casa. Há mulheres que saem para passear no parque, saem para comer e a gente acaba vendo que isso é muito positivo, porque fica a sensação de que o trabalho de parto não foi tão longo assim; do que se em função do parto ela parasse tudo, não dormisse se fosse de madrugada”, explica Natalia.
Como saber se você está na fase latente? Primeiro, a dor é suportável. As contrações vêm em ondas, são doloridas, mas ainda possuem intervalos. “Muitas mulheres me perguntam, enquanto ainda estão na fase latente, que horas vão entrar na fase ativa. Mas essa é uma resposta que infelizmente não pode ser dada. Alguma hora vai acontecer. Há mulheres que ficam dias na fase latente ou nos pródromos e ficam aflitas querendo saber quando vão entrar na fase ativa e se perguntando se vão entrar na fase ativa.” Elas vão, claro, porque toda mulher pode parir seu filho, em condições saudáveis de gestação e com respeito e apoio dos acompanhantes e profissionais ao seu redor.
O que a mulher pode sentir:
· Contrações curtas
Agora que o trabalho de parto começou, as contrações ficam ritmadas e duram, em média de 30 a 60 segundos. Elas são doloridas, mas suportáveis. Sua ação é incrível: a cada força o bebê é completamente empurrado para baixo e, aos poucos, a pressão que a cabecinha desempenha vai abrindo o colo do útero e, consequentemente, aumentando a dilatação.
· Barriga dura
Resultado da contração do útero, o enrijecimento da barriga pode durar de 30 até 45 segundos.
· Dor no pé da barriga
Também consequência do processo do retração do útero, a dor no pé da barriga pode aparecer durante as contrações.
· Vontade de fazer cocô
Muito comum nesta fase, ela surge para limpar o corpo para o que vem pela frente e também para liberar espaço, já que o bebê vai passar pelo canal vaginal e apertar parte do intestino.
· Bolsa estourada
Existem mulheres que, até o momento do nascimento do bebê, não tem a bolsa estourada. É possível e não há nenhum problema nisso. Com outras, pode acontecer antes mesmo do trabalho de parto e, então, ele geralmente começa em até 72 horas pós-rompimento. Portanto, a bolsa pode se romper em qualquer parte do processo, mas a tendência é que é que, se e quando acontecer durante uma das 4 fases, a mulher comece a sentir dores mais intensas.
3º FASE - ATIVA
Considerado o momento mais difícil do parto, a fase ativa pode durar horas. Cansaço, dores e inseguranças são comuns.
Se você está em dúvida se está em trabalho de parto ou não, é porque você não está. “A hora em que a mulher entra em trabalho de parto, não há mais dúvida. Várias mulheres me falam durante seus trabalhos de parto: ‘agora eu entendi porque aquela hora você me disse que eu não estava em trabalho de parto. Aquelas contrações realmente não eram nada.’ Todas as mulheres vão perceber: existe uma diferença muito grande entre a fase latente e a fase ativa”, explica Natalia. Na fase ativa, a mulher se concentra só no trabalho de parto. A fase ativa começa quando a mulher está com seis centímetros de dilatação, o colo fino e contrações regulares a cada três minutos. É muito normal a mulher vocalizar mais nesse período e a emitir sons que a ajudam a lidar com a dor. “Tem realmente uma fase final que é a mais forte, dos oito centímetros até a dilatação total, que é a fase em que é normal ouvir as mulheres dizendo que não aguentam mais, essa é a fase de transição da fase ativa para o expulsivo. O que vai diferenciar bem claramente para qualquer pessoa que estiver acompanhando, é que a mulher vai começar a sentir vontade de fazer força”, completa Natalia. Contrações quase ininterruptas, fortes e sem vontade de fazer força são as características da fase ativa.
O que a mulher pode sentir:
O que a mulher pode sentir:
· Contração regular
Com duração de 1 minuto ou mais, agora as contrações são bem mais intensas e doloridas. É o grande sinal de que a hora está chegando.
· Dor abaixo do ventre
A dor no pé da barriga é sinal de que o bebê está passando pelo colo do útero e chegando ao canal vaginal.
· Dor no quadril
· Dor no quadril
Passa o bebê passar, toda a estrutura óssea da mulher se altera. A dor no quadril é natural e resultado da abertura do osso pélvico.
· Dor no cóccix
· Dor no cóccix
Sinal de que o bebê está se preparando para passar pelo quadril, a dor também aparece no cóccix.
· Cansaço e medo
· Cansaço e medo
Neste período, como as contrações duram mais tempo e com intervalos menores, o cansaço aumenta e o medo surge.
· Vontade de gritar
· Vontade de gritar
No trabalho de parto a mulher não grita porque é escandalosa. Para algumas é uma necessidade quase incontrolável e, além de ajudar manter a concentração, age como uma canalização da energia da força comprimida. A instrução, nesse caso, é soltar o grito correto para não atrapalhar o processo. O grito estridente que vem da garganta pode atrapalhar porque trava os músculos do corpo e, portanto, fecha o canal vaginal e aperta o bebê. Já o grito em tom mais grave, parecido com aquele emitido durante o orgasmo, relaxa a garganta e, consequentemente, abre o canal vaginal, facilitando a dilatação e passagem do bebê.
4ª FASE – TRANSIÇÃO
Período que aproxima ainda mais a chegada do bebê. Agora, os dois corpos estão quase atingindo o objetivo final.
O que a mulher pode sentir:
Contrações intensas:
Com dilatação de até um minuto e meio, as
contrações intensas são os maiores sinais de que o bebê está quase nascendo. É um momento de muito esforço físico e emocional.
Dor na lombar
Como o bebê está entrando no canal vaginal, o osso pélvico se abre e as dores na lombar são comuns.
5ª FASE – EXPULSIVO
Podendo durar minutos ou hora, o expulsivo é a fase que antecede do nascimento. Vontade de fazer força? Você está na fase do expulsivo! Como já dilatou o colo do útero inteiro, o bebê começa a descer pelo canal vaginal da mulher e ela vai sentindo uma pressão que faz com que ela tenha vontade de fazer força. Muitas mulheres descrevem essa vontade de fazer força com a mesma vontade de quando querem defecar. Por isso, a mulher vai mudar esse som e vai suprimindo a respiração para fazer a força. E isso acontece espontaneamente, sem ninguém precisar orientar ela. A gestante começa a ter essa vontade naturalmente.
Muitas mulheres descrevem que sentem menos dor no expulsivo do que durante a fase da dilatação. Se a dor diminui, a pressão aumenta no canal vaginal. Nessa fase, é normal a mulher começar a sentir certa ardência na região, porque a cabeça do bebê está passando e vai abrindo espaço até chegar à região mais externa da vagina. Quando chegar esse momento, a mulher começa a sentir a preparação para o grande momento!
Muitas mulheres descrevem que sentem menos dor no expulsivo do que durante a fase da dilatação. Se a dor diminui, a pressão aumenta no canal vaginal. Nessa fase, é normal a mulher começar a sentir certa ardência na região, porque a cabeça do bebê está passando e vai abrindo espaço até chegar à região mais externa da vagina. Quando chegar esse momento, a mulher começa a sentir a preparação para o grande momento!
O que a mulher pode sentir:
· Pressão na vagina - O bebê está descendo e é natural sentir uma pressão no canal vaginal.
· Pressão no ânus - Como o colo do útero fica direcionado para trás, ao passar pelo canal vaginal, o bebê pressiona o intestino e o cérebro entende que ele precisa ser esvaziado. Por isso, a sensação é semelhante à vontade de fazer cocô.
· Vontade de fazer força - Ela é incontrolável e vem na hora certa – quando o colo uterino já dilatou completamente. Por isso, um trabalho de parto respeitoso não conta com puxos dirigidos (quando o médico determina a hora de fazer força) porque o corpo sabe exatamente a hora que ele deve, junto com a movimentação do bebê, forçar a musculatura.
· Círculo de fogo - Comum nos relatos de mulheres que optaram pelo parto normal, a ardência, também chamada de círculo de fogo, é sinal da coroação do bebê e da distensão máxima do períneo – ou seja, marca o momento que a cabecinha começa a aparecer. Em pouco tempo e algumas contrações ele nascerá!
· Pressão na vagina - O bebê está descendo e é natural sentir uma pressão no canal vaginal.
· Pressão no ânus - Como o colo do útero fica direcionado para trás, ao passar pelo canal vaginal, o bebê pressiona o intestino e o cérebro entende que ele precisa ser esvaziado. Por isso, a sensação é semelhante à vontade de fazer cocô.
· Vontade de fazer força - Ela é incontrolável e vem na hora certa – quando o colo uterino já dilatou completamente. Por isso, um trabalho de parto respeitoso não conta com puxos dirigidos (quando o médico determina a hora de fazer força) porque o corpo sabe exatamente a hora que ele deve, junto com a movimentação do bebê, forçar a musculatura.
· Círculo de fogo - Comum nos relatos de mulheres que optaram pelo parto normal, a ardência, também chamada de círculo de fogo, é sinal da coroação do bebê e da distensão máxima do períneo – ou seja, marca o momento que a cabecinha começa a aparecer. Em pouco tempo e algumas contrações ele nascerá!
O GRANDE MOMENTO
Nesse período, a cabeça do bebê está quase coroando e a mulher começa a sentir um forte estiramento na vagina, de modo que a cabeça do bebê se acomode. Quando isso acontece aos poucos, há uma chance maior de não ter que fazer o corte (episiotomia) de ajuda para a saída do bebê ou uma laceração, ou seja, rasgar.
O que é episiotomia?
O que é episiotomia?
A episiotomia é um corte cirúrgico, com cerca de cinco a seis centímetros, realizado na região do períneo, a partir da vagina e que pretende ampliar o canal do parto para facilitar a passagem do bebê na última fase do expulsivo, evitando uma possível laceração irregular.
Mas quando o médico grita, olha a cabecinha já está aparecendo e com um espelho você olha e sente os cabelinhos do seu bebê, você pensa: Uhhhhaaaauuuuu!!!! Tem um bebê aqui mesmo! É MEU FILHO(A)!!!
Neste momento você ganha uma força que não tem em você mesmo, e agora com uma, mais uma, ou mais 3 forças você escuta o choro do seu bebezinho lindo!!! Neste momento você está ansiosa para conhecer de perto o seu rostinho e poder tocar no seu bebê tão aguardado!
Realmente essa é a maior emoção de uma mulher! Essa emoção ela guarda em seu coração e nunca mais esquece estes momentos dolorosos mais gostosos ao mesmo tempo!
6ª FASE - PÓS-PARTO
Mas, o funcionamento do corpo não termina no nascimento. Mesmo com o bebê no colo, ele continua trabalhando.
7ª FASE - EXPULSÃO DA PLACENTA
A placenta é um órgão incrivelmente precioso e completo, sendo também o único órgão “usa e joga fora” que temos. Representa as raízes da criança no terreno da mãe. É feita de dois organismos diferentes e incompatíveis, mas funciona como um único órgão, em completa harmonia. Faz todas as funções de um corpo humano.
Após o nascimento do bebê, a placenta precisa SAIR. Comum entre 5 e 30 minutos após o parto, o momento é de contrações leves e espaçadas. O sangramento é comum e sinal de que o útero está voltando ao seu tamanho normal – o processo todo dura até 40 dias.
Após a saída do bebê, a placenta precisa sair. A mãe recém-parida vai sentir contrações durante esse período, não tão fortes como as da fase ativa. É importante que esse processo seja feito naturalmente. Ela se forma dentro do útero pelos tecidos do óvulo e é por meio dela (e pelo cordão umbilical) que o seu filho respirou e se encheu de nutrientes ao longo das semanas da gestação. Quando o parto acontece em um hospital, o procedimento padrão é descartá-la como lixo - sim, a placenta nutriu e protegeu um vida e é descartada como lixo hospitalar. Alternativas? Assinar um documento negando que seja descartada, caso você tenha seu parto em um hospital, seja ele normal, normal humanizado, seja cesárea, e levar com você. Ela pode ficar congelada até que você decida seu destino. Plantar, talvez? Caso seu parto seja domiciliar, também é possível optar pelo Parto de Lótus, no qual o cordão não é cortado do bebê, a placenta sai, portanto, ligada ao feto e ambos se desgrudam naturalmente depois de dias - há culturas indígenas que conduzem o nascimento dessa maneira. Também é possível fazer um quadro com sua placenta, a colocando sobre uma folha branca e deixando que todas as suas (incríveis) marcas se prendam na folha (muitas, muitas, formam um desenho de coração).
CORTE DO PARTO NORMAL?
A episiotomia é um corte do parto, com cerca de cinco a seis centímetros, realizado na região do períneo, a partir da vagina e que pretende ampliar o canal do parto para facilitar a passagem do bebê na última fase do expulsivo, evitando uma possível laceração irregular. É feito com anestesia local, caso a parturiente ainda não tenha sido submetida a outros tipos de anestesia. Geralmente depois o médico realiza os pontos que podem ser 6 pontos do lado de dentro e 6 pontos do lado de fora.
· Quanto tempo demora em cicatrizar o corte?
A episiotomia demora cerca de 10 dias para cicatrizar, lembrando que os pontos da sutura devem cair sozinhos.
· Quanto tempo demora para cair os pontos?
Os pontos podem “cair” em 7 dias. Lembrando que estes pontos de sutura não necessitam ser retirados, uma vez que os externos caem naturalmente na primeira semana e os mais internos são absorvidos pelo organismo dentro de um prazo médio de seis semanas do pós-parto.
CUIDADOS APÓS A EPISIOTOMIA/CORTE:
Na recuperação pós-parto normal, deve-se cuidar da região perineal, com especial atenção:
· Nas primeiras horas, deve-se usar compressas frias, que aliviam a dor e reduzem a reação inflamatória;
· É recomendável evitar esforços físicos, movimentos bruscos e estar atenta à postura lombar.
· Pare com o uso de roupas justas ou sintéticas, que podem aumentar o desconforto na região dos pontos.
· Higienize a área apenas com sabonete neutro, em movimentos suaves outros produtos ou excessos podem irritar os tecidos
· A partir do segundo dia, se necessário, faça uso de calor local (banho de assento) ajuda a diminuir a dor.
· Seque bem a região íntima, em movimentos delicados, evitando maiores traumas.
· Em caso de maior desconforto, faça uso de analgésicos (locais e sistêmicos) e anti-inflamatórios, sempre sob orientação médica.
· dor ao urinar.
Andolba é indicado no alivio da dor
após episiotomia (pequeno corte vaginal realizado no parto normal) - faixa
etária acima de 18 anos. O medicamento contém substâncias que aliviam
temporariamente a dor e melhoram a coceira. Tem ação rápida e proporciona...
PREÇO: R$ 17,80 à 26,52
OUTRAS RECOMENDAÇÕES E CUIDADOS
APÓS A EPISIOTOMIA:
·
As roupas, íntimas inclusive, devem ser de
algodão e leves para permitir que a pele "respire" e não atrapalhe o
processo de cicatrização;
· Se a episiotomia doer e arder, o que é comum, são indicados medicamentos antissépticos, anti-inflamatórios e analgésicos em spray ou pomada para aliviar o incômodo;
· O inchaço pode ser controlado através de compressas frias, que devem ser aplicadas com um pano ou uma toalha limpa, durante 15 a 20 minutos;
· Os absorventes internos só poderão ser usados após a cicatrização da episiotomia. Contudo, é preciso esperar 1 mês para voltar a ter relações sexuais;
· O retorno à atividade física deve esperar pelo menos 6 semanas. Casos em que são feitas muitas suturas, é necessário aguardar mais tempo;
· Banhos de piscina não são indicados antes da cicatrização completa da episiotomia devido ao risco de infecções e complicações causadas por produtos químicos e bactérias presentes na água;
· Quando tiver que se sentar, recomenda-se usar uma almofada com um buraco no meio, que pode ser adquirida numa loja de material ortopédico.
· Se a episiotomia doer e arder, o que é comum, são indicados medicamentos antissépticos, anti-inflamatórios e analgésicos em spray ou pomada para aliviar o incômodo;
· O inchaço pode ser controlado através de compressas frias, que devem ser aplicadas com um pano ou uma toalha limpa, durante 15 a 20 minutos;
· Os absorventes internos só poderão ser usados após a cicatrização da episiotomia. Contudo, é preciso esperar 1 mês para voltar a ter relações sexuais;
· O retorno à atividade física deve esperar pelo menos 6 semanas. Casos em que são feitas muitas suturas, é necessário aguardar mais tempo;
· Banhos de piscina não são indicados antes da cicatrização completa da episiotomia devido ao risco de infecções e complicações causadas por produtos químicos e bactérias presentes na água;
· Quando tiver que se sentar, recomenda-se usar uma almofada com um buraco no meio, que pode ser adquirida numa loja de material ortopédico.
DICIONÁRIO DO PARTO
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Tampão
mucoso: Secreção bege que a mulher percebe na calcinha, semelhante a um
catarro, às vezes pode vir com sangue. O tampão pode sair aos poucos,
semelhante a um corrimento, assim como pode sair de uma vez. A saída do tampão
é um indício do corpo de que o parto está próximo e de que a gestante está em
pródomos.· Contrações: Dor no baixo ventre, semelhante a uma cólica menstrual, pontada de dor na vagina e dor que se irradia do abdômen para as costas (e vice-versa). Durante a contração do parto, a barriga da mulher fica dura. Durante a gestação, acontecem as contrações de Contrações de Braxton Hicks, as contrações de treino, que mostram que o corpo está se preparando lentamente para o trabalho de parto; a barriga da gestante pode ficar dura ou não. A dor é semelhante a da cólica menstrual. A contração do trabalho de parto costuma se irradiar do abdômen para as costas, é frequente e ritmada. O trabalho de parto só vai engrenar quando as contrações estiverem com intervalos e duração mais padronizadas. Tanto na Apple Store quando na Play Store há aplicativos gratuitos em que a gestante pode marcar o tempo das contrações, o que vai ajudar a saber a frequência e o tempo de cada uma.
· Dilatação: É a abertura do colo do útero para a saída do bebê. Costuma ser lenta e gradual. A maioria das mulheres sentem dor, mas há mulheres que nem percebem que dilataram. Em termos práticos, até cinco centímetros de dilatação, a mulher está em pródomos ou fase latente. Do sexto centímetro ao nono, está na fase ativa. Do nono até o décimo, o máximo da medida, está no expulsivo. Toda mulher dilata para parir, é um processo natural. Não existe falta de dilatação. Existe falta de tempo, de paciência, de acompanhamento adequado, de espera.
· Bolsa das águas: O parto pode começar com a bolsa rompendo, pode romper durante o trabalho de parto e pode não romper - há bebês que nascem dentro da bolsa das águas, isto é, empelicados. O típico é que ela rompa quando a mulher estiver na fase mais forte do trabalho de parto, quando a mulher está com sete ou oito centímetros de dilatação. Quando a bolsa rompe durante o trabalho de parto, há uma consequência: a parturiente vai sentir mais dor. “Qualquer local que trabalhe com medicina baseada em evidências não vai recomendar uma cesárea porque a bolsa rompeu antes do trabalho de parto. O que muitos médicos preferem fazer é induzir o trabalho de parto normal. Mas a indução também varia e não existe um horário específico baseado em estudos, há hospitais que já possuem protocolos de atendimento. Dentro de um parto humanizado, essa é uma questão que deve ser conversada entre equipe incluindo o casal. É preciso explicar os benefícios e os riscos de induzir o parto e de esperar que ele aconteça naturalmente”, explica Natalia.
· Bolsa rota: Acontece quando a bolsa das águas rompe antes do trabalho de parto. Quando isso acontece, a segurança do bebê em relação a infecções diminui, já que ele perde essa barreira de proteção. O ideal é que exames de toque sejam evitados no caso de bolsa rota, pois o contato com o bebê pode propiciar algum tipo de infecção. Quando se achar que o bebê pode demorar a nascer, a recomendação, inclusive, é que não se faça exame de toque.
· Exame de toque: Deve ser realizado por obstetriz, enfermeira-obstetra ou ginecologista-obstetra, com a introdução de dois dedos na vagina da mulher até o colo do útero, a fim de perceber a abertura do colo do útero. Em uma gestante que não está trabalho de parto, não há necessidade de fazer exame. Não há necessidade de fazer exame de toque a cada hora. “Em um parto hospitalar, o exame é recomendado para se ter certeza da dilatação e a gestante não ir muito cedo para o hospital. Ou mesmo para chamar o obstetra ou o pediatra. Ou para ver a necessidade, junto à gestante, de alguma intervenção, como analgesia. Há partos que acontecem sem algum exame de toque”, conta Natalia.
· Linha nigra: Começa na vagina e sobe pelo abdômen, passando pelo umbigo. Ocorre devido ao aumento de estrogênio no corpo da mulher, que eleva a melanina e consequentemente a pigmentação da pele, e varia de organismo para organismo. Algumas mulheres apresentam, outras não. Desaperece após o parto, com tempo indeterminado.
· Linha púrpura: Aparece em algumas mulheres em trabalho de parto. Começa no ânus e sobe pelas costas. Vai crescendo conforme a dilatação da mulher vai evoluindo. “Há estudos que sugerem a substituição do exame de toque pela análise da linha púrpura, mas não são todas as mulheres que apresentam, então essa analogia é muito eficaz somente para as que apresentam", ressalta Natalia.
· Sofrimento fetal: Pode ser identificado por meio da ausculta do coração do bebê. Na fase ativa, a recomendação é que os batimentos sejam auscultados a cada trinta minutos. “Principalmente após uma contração, quando dá para saber como o bebê está de fato”, avalia Natalia. Quando alguma desaceleração é percebida, é preciso realizar a asculta mais vezes e até mesmo realizar o cardiotoco, exame que mostra desenhado como estão os batimentos. É uma justifica para a cesárea, de acordo com o andamento do trabalho de parto, no momento em que a desaceleração aconteceu. “O profissional precisa ter muita experiência para atuar tranquilamente quanto a isso”, finaliza.
· Prolapso de cordão: Acontece quando o cordão umbilical passa na frente da cabeça do bebê e sai antes dele. É imprevisível. Se ele for pressionado contra a bacia óssea da mulher, o bebê pode ficar sem oxigênio. Emergência para cesárea.
· Descolamento de placenta: Quando acontece, o bebê deixa de receber oxigênio e deixa de receber qualquer fluido. Também é caso de cesárea.
· Mecônio: Presença de mecônio não necessariamente significa sofrimento fetal. É preciso ficar atento com ausculta. De acordo com o obstetra Jorge Kuhn, em palestra do Siaparto (Simpósio Internacional de Assistência do Parto), de 2016: não é possível prever qual feto vai aspirar mecônio e qual não. Se ocorrido antes do trabalho de parto, não tem significado clínico importante. Se ocorrido durante o trabalho de parto, é necessário mais atenção. Como é um evento intrauterino, a cesárea não previne, o feto pode ter aspirado ou não.
· Circular de cordão: Quando o bebê nasce com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Segundo o obstetra Jorge Kuhn, cerca de um terço dos bebês apresenta circular de cordão ao fim da gestação. Não, não enforca a criança, já que ela não respira com os pulmões enquanto estiver na barriga da mãe. Não é indicação de cesárea, ao contrário.
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